O brasileiro é, de modo geral, apaixonado por carros. Por conta disso, uma fatia considerável da população sonha em ser dono do próprio veículo, tanto por uma questão de realização pessoal quanto pela praticidade que isso traz no cotidiano.
O problema é que, devido à complexidade de se projetar e construir um carro, uma versão zero quilômetro pode custar algumas dezenas de milhares de reais, mesmo que se trate de um modelo popular, com motor 1.0.
Assim, quem tem o orçamento apertado costuma optar por comprar um veículo já usado, que, em compensação, costuma ser muito mais barato que a versão nova do modelo.
Por conta dessa procura, quem já tem um carro na garagem, mas pretende trocá-lo por um automóvel mais novo, pode vendê-lo com certa facilidade.
Além de liberar o espaço necessário ao novo modelo, isso pode gerar um valor interessante, que, por sua vez, pode servir como entrada para o novo carro.
Vale ressaltar que, para que a transação aconteça sem sobressaltos tanto para o vendedor quanto para o comprador, é importante seguir algumas boas práticas, recomendadas por especialistas. Confira algumas delas aqui:
Quem já tem um carro sabe que, para que o automóvel circule de maneira regularizada, é preciso estar munido de uma série de documentos. Entre eles, estão:
Carteira Nacional de Habilitação (CNH);
Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV);
Comprovante de pagamento de IPVA;
Comprovante de quitação do seguro DPVAT.
O problema é que, com a rotina caótica do cotidiano, é comum que motoristas se esqueçam de regularizar um ou mais documentos.
Portanto, antes mesmo de anunciar seu veículo, é importante verificar se há pendências desse tipo, bem como multa em aberto, e resolver o problema. Isso evitará problemas junto no momento de transferi-lo para o novo comprador.
Além da questão dos documentos, há outras exigências feitas por parte do Detran local no momento de vender um carro usado. Uma delas é o decalque do chassi: trata-se de um número que fica do lado direito, próximo ao banco do passageiro, e que identifica o veículo.
Para fazer o decalque, basta apoiar uma folha de papel sobre ele e, em seguida, passar delicadamente um lápis, de modo a obter uma cópia do número.
A legislação de trânsito brasileira não exige a realização de nenhuma vistoria nem a obtenção de nenhum laudo para o processamento da compra de um veículo usado.
Apesar disso, esse procedimento é altamente recomendado por especialistas da área: nele, é possível verificar o estado de conservação do carro de uma maneira mais aprofundada, além de checar se ele já foi batido.
Deste modo, o processo gera mais segurança para ambas as partes. Por conta disso, é possível negociar para dividir o laudo veicular preço igualmente entre vendedor e comprador.
Depois de lidar com a burocracia e acordar os pormenores do negócio com o comprador, chega um dos momentos mais importantes de todo o processo: transferir o carro.
Trata-se de um procedimento no qual o veículo deixa de estar sob a sua responsabilidade, passando a ser do dono para todos os fins.
Vale ressaltar que, por mais que algumas pessoas optem por adiar a transferência, principalmente quando a venda é feita para alguém conhecido, isso não é recomendado.
Afinal, para o Detran, o carro ainda será seu, o que significa que, para o poder público, multas e impostos ainda serão responsabilidade sua. Consequentemente, caso o novo dono fique inadimplente, você terá que arcar com esse ônus.
Por último, mas não menos importante, chega o processo mais esperado por todos os envolvidos no negócio: a entrega das chaves do veículo. Apesar de isso parecer muito simples, também é importante tomar alguns cuidados, de modo a evitar contratempos.
Em primeiro lugar, caso você tenha chaves extras que nunca foram usadas, é interessante testá-las. Caso elas não funcionem adequadamente, será preciso levá-las a um chaveiro especializado que possa fazer as correções necessárias.
Do mesmo modo, caso você não tenha chaves reservas ou elas tenham se perdido com o tempo, é interessante providenciar cópias e entregá-las ao novo dono.
Por mais que o veículo não seja mais seu, é um ato de cordialidade interessante com o novo proprietário, que seguramente irá apreciar o gesto. Mais uma vez, esse procedimento deve ser feito por um chaveiro de auto devidamente qualificado.
